Amônia verde competitiva, sinal positivo para o agro 

A produção de amônia verde, feita a partir de hidrogênio de baixas emissões de carbono, já é competitiva em comparação com a fabricada por meio dos métodos tradicionais no Brasil, com combustíveis fósseis. 

A constatação é de estudo da consultoria CELA – Clean Energy Latin America sobre o índice de custo de produção de hidrogênio verde (LCOH) e de amônia verde (LCOA). 

Segundo a empresa, a amônia verde possui hoje um custo de produção local entre US$ 539,00 e US$ 1.103,00 por tonelada, enquanto a produção a partir do hidrogênio cinza fica entre US$ 361,00 e US$ 1.300,00 por tonelada (https://canalsolar.com.br/producao-de-amonia-verde-ja-e-tao-competitiva-quanto-de-combustiveis-fosseis/). 

Essa condição abre uma perspectiva relevante para a descarbonização do agronegócio brasileiro. Isso porque hoje o setor é altamente dependente de fertilizantes nitrogenados fabricados com amônia produzida principalmente a partir do gás natural.  

Claro que isso depende de a produção nacional de fertilizantes limpos também se mostrar economicamente vantajosa em relação à do mercado externo, tendo em vista que, atualmente, cerca de 80% dos fertilizantes usados pelo agronegócio brasileiro é importado. 

Vale observar ainda que, além de melhorar os resultados diretos da nossa balança comercial, tal condição é favorável para a competitividade da nossa produção agrícola. Isso não só pela possibilidade de redução dos custos dos insumos, como da tendência de valorização, no mercado internacional, de produtos com emissões mais baixas de carbono.

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