A parceria entre a Begreen Bioenergia e o governo do Rio Grande do Sul para a produção de hidrogênio de baixo carbono e amônia no estado é um marco significativo em favor da sustentabilidade do agronegócio no Brasil.
Com um investimento de R$ 150 milhões, a perspectiva é instalar três plantas para produção desses insumos que possam operar a partir do primeiro semestre de 2027, nos municípios de Passo Fundo, Tio Hugo e Condor.
Embora sejam unidades de pequeno porte, marcam uma etapa importante em favor da redução da dependência de fertilizantes importados, impulsionando a economia local e contribuindo para a descarbonização da agricultura.
Atualmente, mais de 80% dos fertilizantes consumidos no Brasil são importados, de acordo com a Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA). “Este será um passo importante para reduzir a dependência de importação dos fertilizantes nitrogenados e contribuirá para uma maior resiliência da cadeia de suprimentos agrícolas”, afirma Kenichi Yamamoto, da Oriental Consultants Global, na reportagem de Nayara Machado, da Eixos, sobre o assunto: https://eixos.com.br/hidrogenio/rio-grande-do-sul-e-begreen-firmam-acordo-para-tres-plantas-de-hidrogenio-e-amonia-verde/.
Na visão do Instituto E+, iniciativas como essa são fundamentais para o país avançar na transição energética no setor de fertilizantes, hoje totalmente dependente de gás natural. Nesse sentido, é louvável o apoio do governo gaúcho ao projeto.
Mas seria importante que esse tipo de projeto caminhasse em direção a uma nacionalização tecnológica, permitindo que o Brasil se aproprie das inovações, desenvolva sua própria indústria de máquinas e equipamentos para o segmento e estabeleça uma base sólida para a produção de insumos sustentáveis, fortalecendo ainda mais seu potencial de contribuir com a transição energética global.