A crise climática está remodelando a economia global e colocando em pauta novas questões sobre o mercado de trabalho, políticas públicas e negociações multilaterais.
O impacto dessa transição sobre os trabalhadores ainda carece de discussão aprofundada, como demonstra Nelson de Chueri Karam, da Dieese, em artigo assinado no Estadão.
Dentre as questões abordadas estão as diferenças de qualificação e remuneração entre os empregos nos setores de combustíveis fósseis e energias renováveis, e o efeito dos veículos elétricos na cadeia de autopeças, entre outros aspectos.
O Instituto E+ considera que a questão dos empregos verdes precisa ir muito além dos trabalhadores diretamente envolvidos nos setores de energia limpa.
Considerando que a transição deve ser um meio para a recuperação industrial do país, pode gerar empregos de qualidade numa cadeia muito mais ampla no setor produtivo, transformando desafios dessa pauta em vantagens competitivas.
A entidade defende investimentos na capacitação da força de trabalho, por meio de políticas de reskilling e upskilling que preparem os trabalhadores para essa nova condição, assegurando inclusive a mobilidade e novas oportunidades de carreira, especialmente nas áreas mais afetadas pela mudança.
Esse inclusive é um dos princípios para uma transição energética justa e inclusiva do Fórum Brasileiro de Mudança do Clima (FBMC), do qual o E+ é coordenador da Câmara Técnica de Transição Energética.
Além disso, essa questão tem sido pauta de diversos eventos com participação do time da entidade. Na COP29, por exemplo, a especialista em transição energética, Marina Almeida, participou como painelista do evento “Green Skills para um Futuro Sustentável”, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). “Precisamos repensar os formatos de emprego para valorizar as pessoas e melhorar sua qualidade de vida, integrando educação climática e transição energética”, defendeu Marina na oportunidade.
Confira mais detalhes: evento da COP, documento do FBMC e artigo de Nelson de Chueri Karam.