O Brasil entre os protagonistas do hidrogênio de baixas emissões 

O Brasil deu um salto enorme em termos de implementação do hidrogênio verde no com o marco legal. Mas não podemos e não devemos esquecer que, na competição pelo hidrogênio verde, o país não está sozinho: há disputa de quem vai produzir e quem vai dominar a nova fonte energética do século XXI. 

A avaliação foi feita pelo assessor na Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Danilo Zimbres, em audiência recente na Câmara dos Deputados. Na oportunidade, o diplomata apresentou o cenário internacional dessa concorrência, destacando iniciativas dos Estados Unidos, China e Japão para a produção e o consumo de hidrogênio.  

Diante dessa concorrência, Zimbres defendeu investimentos no setor. “Os outros países vêm investindo muito. Nós precisamos agora dar concretude à nossa política de implementação do hidrogênio verde. É chegada a hora de o Brasil ter as primeiras cidades com frota de hidrogênio verde e os primeiros programas de implementação de postos de abastecimento”, alertou, conforme relatado pelo jornalista José Carlos Oliveira, na Eixos (https://eixos.com.br/hidrogenio/brasil-enfrentara-concorrencia-mundial-acirrada-em-hidrogenio-verde-alerta-diplomata/?utm_source=social&utm_medium=mensagem). 

O Instituto E+ concorda com a necessidade de o país aproveitar seu potencial para se destacar no mercado nascente de hidrogênio de baixas emissões de carbono. Mas precisa atentar para que tanto a produção como o consumo sejam focados preferencialmente em iniciativas que nos garantam melhores oportunidades em termos de retorno sobre os investimentos.  

Nesse contexto, o setor de transportes deve ser considerado com cautela, tendo em vista a ampla oferta de biocombustíveis no país e o fato de que o uso do hidrogênio pode proporcionar um retorno econômico e ambiental superior se destinado à descarbonização da indústria hoje dependente de fontes fósseis.  

Afinal, isso não só proporcionaria a redução das emissões de gases de efeito estufa, como nos garantiria espaço no mercado internacional de produtos descarbonizados dos quais boa parte dos países necessita para cumprir suas metas de redução de emissões. 

O E+ também alerta para a importância de o Brasil não se limitar a produzir hidrogênio por meio da eletrólise, como tem se priorizado no resto do mundo. Afinal, o país pode aproveitar outras rotas de produção, como a reforma da biomassa, que podem ser mais lucrativas para o nosso país.  

Com esses cuidados, o país não só poderá atuar entre os protagonistas desse novo mercado, como garantir que seus avanços contribuam de maneira efetiva para o nosso desenvolvimento socioeconômico.  

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