A urgência da transição energética global está colocando na mesa novas possibilidades de cooperação entre países com realidades distintas, mas potencial altamente complementar. Como destacam Rosana Santos e Stefania Relva, diretoras do Instituto E+, em coluna no Ecoa, no uol, essa pode ser uma oportunidade estratégica para o Brasil e a Alemanha aliarem forças rumo à transição energética e o desenvolvimento socioeconômico.
Enquanto os combustíveis fósseis ainda respondem por cerca de 78% da matriz energética alemã, o Brasil conta com uma das matrizes mais limpas do mundo e um enorme potencial renovável ainda não aproveitado. Essa diferença abre espaço para soluções integradas e inovadoras.
O Brasil tem condições únicas para expandir sua produção industrial de baixo carbono, com competitividade, infraestrutura e recursos naturais à disposição. Ao mesmo tempo, o país europeu pode acelerar sua descarbonização investindo na importação de produtos verdes brasileiros, como aço, fertilizantes e combustíveis sustentáveis para aviação (SAF).
Além disso, essa colaboração pode ajudar a construir um novo padrão de comércio internacional baseado em segurança climática e resiliência produtiva. A diversificação das cadeias de abastecimento e o intercâmbio tecnológico são peças-chave para isso, e o interesse vem crescendo, como ficou claro em eventos como o Berlin Energy Transition Dialogue 2025, realizado no mês passado.
Mas, para que esse potencial se concretize, é preciso trabalhar por mecanismos de cooperação mais profundos, alinhamento regulatório e estratégias financeiras ousadas. A boa notícia é que ambos os países já estão se movendo nessa direção.
Confira a íntegra do artigo em: https://www.uol.com.br/ecoa/colunas/rosana-santos/2025/04/17/brasil-e-alemanha-podem-acelerar-a-transicao-energetica-global-juntos.htm