Algumas análises indicam que o impacto do mecanismo no Brasil pode ser limitado, uma vez que apenas 10% das nossas exportações de produtos cobertos pela medida são destinadas ao continente, conforme dados do Centro de Estudos de Integração e Desenvolvimento.
“Há, no entanto, um fator crítico a se considerar: esse mecanismo de barreira comercial baseado em emissões de carbono não será o último. Países como Canadá e Reino Unido já estão articulando os seus”, alerta nossa especialista Stella Sousa em artigo publicado hoje pelo Valor Econômico.
Nesse contexto, a autora entende que, neste momento, temos a chance de acelerar a reindustrialização nacional, combinando a energia limpa com as demais qualidades brasileiras – em termos de logística, universidades, finanças, por exemplo – para atrair investimentos produtivos e utilizar a transição energética como um meio para impulsionar a indústria brasileira a um novo patamar de maior adensamento das cadeias produtivas e aumento do valor agregado da produção e das exportações.
Mas, para garantir que esses investimentos façam sentido, o Brasil precisa criar seu próprio #CBAM. Caso contrário, corre o risco de se tornar o destino de produtos mais poluentes que perderam espaço na Europa, comprometendo a competitividade da indústria doméstica.
Confira a íntegra do artigo em: https://valor.globo.com/opiniao/coluna/fronteira-de-carbono-europeia-barreira-ou-oportunidade.ghtml