Graças à ampla disponibilidade de energia limpa, o Brasil pode usar a transição energética como um vetor de desenvolvimento socioeconômico, por meio de uma neoindustrialização de baixo carbono.
Mas esse não é um processo simples: a descarbonização industrial exige a criação de novos negócios, com o desenvolvimento de modelos operacionais próprios, reorganização da cadeia de fornecedores, treinamento de equipes e busca de novos consumidores, entre outras ações. Ao mesmo tempo, novas linhas produtivas instaladas nesse contexto terão de enfrentar a concorrência do mercado tradicional.
Todas essas transformações envolvem riscos relevantes, exigindo condições sistêmicas e institucionais que os reduzam e possibilitem a atração saudável de investimentos, como explica a diretora-executiva do Instituto E+, Rosana Santos, em artigo a respeito em Ecoa, do Uol. “A redução desses riscos e a atração de capital somente ocorrerá se questões ligadas à transição energética e à descarbonização sejam consideradas com a devida robustez”, reforça.
Isso pressupõe iniciativas como a definição de uma taxonomia específica, com critérios objetivos para o que pode ser considerado sustentável ou verde, certificados ou contratos firmes de demanda que sirvam de garantia à decisão de investimento e condições facilitadas e compatíveis com a dos fundos de financiamento climático, entre outros aspectos.
A boa notícia? O Brasil já tem uma experiência bem-sucedida na estruturação desse tipo de mecanismo: o Plano Safra.
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