O Brasil é um dos poucos países que pode se dar ao luxo de se beneficiar do cenário da transição energética global. Embora ainda precise de uma quantidade significativa de investimentos para ter matrizes totalmente limpas, na prática já superou a transição que a maioria dos outros países está apenas começando a enfrentar. Portanto, pode aproveitar seu potencial inexplorado de energia renovável para expandir a produção de bens descarbonizados que a maioria dos países precisa, em condições competitivas e acessíveis.
A mensagem é da nossa diretora-executiva, Rosana Santos, em artigo sobre o desenvolvimento de parcerias entre países do Oriente Médio e o Brasil para que ambas as partes sejam beneficiadas com a descarbonização das economias e o desenvolvimento socioeconômico. O texto foi publicado no site da Egyptian Network For Renewables and Water Cycle, a convite do jornalista Mohammed Darwish.
O texto conclui que o atual cenário tem o poder de conduzir o Brasil a um novo período áureo de desenvolvimento econômico, como o observado entre as décadas de 1950 e 1970.
Naquela época, o país aproveitou o otimismo global do pós-guerra em torno da industrialização, atraindo investimentos produtivos e ampliando consideravelmente sua infraestrutura. Agora, mais uma vez, as transformações globais em curso o colocam diante de uma janela de oportunidade para se destacar, desta vez com base principalmente em seus atributos verdes.
Do outro lado da mesa, como no Oriente Médio, há diversos empreendedores em busca de novas frentes de investimento seguras, com boas taxas de retorno e alinhadas às necessidades da transição energética. São condições que podem não só proporcionar ganhos significativos para ambas as partes, como também contribuir de forma importante para o enfrentamento da crise climática.
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