A produção de biogás pode ser uma forma de reduzir o consumo de gás natural fóssil, ao mesmo tempo em que ajuda a solucionar o problema dos resíduos urbanos nas grandes cidades, afirmou Rosana Santos, diretora-executiva do Instituto E+ Transição Energética nesta quarta-feira (6 de dezembro).
Rosana participou do painel Inovation and the new future: how we move from incremental to transformative change, neste sétimo dia de participação da comitiva do Instituto E+ na COP-28.
“O biogás e biometano podem mitigar o problema dos resíduos da cidade de São Paulo. Temos apenas dois aterros, que devem se esgotar em dez anos. Já regulamos a injeção de biometano na malha de distribuição de gás natural. Precisamos aproveitar o potencial energético do biogás como parte da solução do problema”, disse Rosana.
A apresentação de Rosana, com o tema “Waste to Resource in São Paulo”, aponta que São Paulo tem 74 plantas de produção de biogás, com uma produção de 1 Bilhão de Nm3/ano (normais metros cúbicos ao ano), que representam 35% da produção de biogás de todo o Brasil. Mas o potencial brasileiro vai muito além, com apenas 3,3% volume disponível em longo prazo sendo explorado.
Outra vantagem da cidade de São Paulo, com característica de circularidade, é a possibilidade de compostagem dos resíduos das feiras livres: são mais de 10 mil toneladas de composto orgânico por ano.