Embora alguns países estejam fazendo progressos notáveis em relação à redução das emissões de gases de efeito estufa, em geral os esforços globais ainda estão aquém do necessário para limitar o aquecimento global a 1,5oC.
A avaliação é do Climate Change Performance Index (CCPI), ferramenta que avalia a performance de 63 países e da União Europeia em relação às mudanças climáticas, cujos dados mais recentes foram apresentados hoje na COP29.
O índice destaca a importância da transição energética, da eficiência energética e da implementação de políticas claras e ambiciosas para acelerar a redução das emissões de GEE. A desigualdade de investimentos em energia renovável entre diferentes países e regiões também foi apontada como uma preocupação, particularmente na África.
No caso específico do Brasil, o CCPI observa uma recuperação em relação aos anos anteriores, tendo em vista os esforços do governo para reduzir o desmatamento da Amazônia. Mas, apesar dessas ações, o país ainda é considerado muito dependente de combustíveis fósseis, o que representa um grande desafio para suas metas climáticas.
De maneira geral, a versão mais recente da ferramenta destaca que nenhum país está suficientemente avançado para evitar mudanças climáticas perigosas, embora alguns, como Dinamarca e Reino Unido, tenham mostrado progresso significativo.
A análise abrange cerca de 90% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE) e se concentra em quatro categorias: emissões de GEE, energia renovável, uso de energia e políticas climáticas.
Esse complexo cenário sublinha a necessidade urgente de ações robustas e coordenadas globalmente, incluindo o fornecimento de financiamento adequado para ajudar todos os países na transição para energias mais limpas.