Ex-presidente da Irlanda e ex-alta comissária da ONU e integrante do grupo The Elders destacou o papel do Brasil no processo de construção de uma transição justa, com inclusão social.
A sociedade civil deve se engajar nos processos de promoção de uma transição justa e equitativa para enfrentar as mudanças climáticas. Essa é uma das ideias defendidas por Mary Robinson, primeira mulher presidente da Irlanda (de 1990 a 1997), ex-Alta Comissária da ONU para Direitos Humanos e membro do grupo The Elders durante evento na COP29, nesta quinta-feira (21).
No evento, Robinson destacou que o Brasil deve ter um papel importante na luta global contra as mudanças climáticas. Nesse sentido, a preparação do país para sediar a COP30 foi reconhecida como um esforço cuidadoso, seguindo exemplos de sucesso de eventos anteriores.
Robinson elogiou a dedicação do país em garantir que o evento seja um marco global, destacando ainda a mensagem firme apresentada pelo Brasil no encerramento do G20, que reforçou seu compromisso com uma agenda climática ambiciosa.
Mary Robinson também focou na transição justa, considerada fundamental para a implementação do Acordo de Paris. Ela sublinhou que essa mudança exige recursos adequados para assegurar equidade, especialmente para as economias em desenvolvimento, garantindo que ninguém seja deixado para trás no processo de transformação rumo a um futuro sustentável.
A promoção de energias limpas, economia circular e empregos verdes foi destacada por Mary como um caminho indispensável para um desenvolvimento nessa direção, mais saudável e resiliente.
Outro ponto de destaque foi a importância do engajamento da sociedade civil brasileira. Robinson enfatizou que a participação ativa de organizações não governamentais e movimentos populares é crucial para garantir que todas as vozes sejam ouvidas e que a responsabilidade pelo enfrentamento das mudanças climáticas seja compartilhada.
Por fim, em evento com participação dos especialistas do Instituto E+ Transição Energética, Mary Robinson reafirmou a necessidade de se ter motivação para que todas as partes interessadas trabalhem juntas em direção a uma transformação sustentável e responsável.
Nesse contexto, elogiou a inquietação crescente da juventude diante da crise climática também foi mencionada por Mary Robinson. Ela ressaltou que as preocupações dos jovens devem ser ouvidas e levadas em consideração, pois refletem a urgência do momento e apontam para soluções que integrem as vozes mais sábias e experientes, como as das comunidades indígenas.