O sistema europeu de energia em 2030: desafios da flexibilidade e benefícios da integração

Como parte de sua estratégia para se tornar uma região de baixo carbono, a União Europeia pretende obter pelo menos 27% de sua energia a partir de fontes renováveis até 2030. Isso significa uma participação de cerca de 50% no setor elétrico. A energia solar fotovoltaica e eólica – impulsionada por significativas reduções de custo – quase certamente contribuirão para mais da metade dessa participação. Como o vento e o sol dependem do clima, os futuros sistemas de energia elétrica serão caracterizados por padrões de geração fundamentalmente diferentes daqueles observados hoje, aumentando significativamente a necessidade de flexibilidade e capacidade de backup.

Ao enfrentar o desafio da flexibilidade, a cooperação regional e a integração do sistema elétrico oferecem importantes caminhos a seguir. De fato, existem várias iniciativas regionais do mercado de energia em toda a Europa que vivenciam a cooperação diariamente. Uma delas é o Fórum Pentalateral da Energia (Pentalateral Energy Forum – PLEF), que reúne sete países da Europa Centro-Ocidental – Áustria, Bélgica, França, Alemanha, Luxemburgo, Holanda e Suíça – que já possuem um histórico de cooperação Regional, mercados atacadistas combinados e um nível relativamente alto de interconexão física.

Nesse contexto, contratamos especialistas da Fraunhofer IWES para examinar mais profundamente o futuro da integração do mercado regional no que se refere a sistemas elétricos com altas participações de energia solar e eólica: quais tipos de requisitos de flexibilidade surgem do crescimento projetado dessas duas tecnologias? E até que ponto a maior integração do mercado de eletricidade dentro e fora dos países do PLEF pode ajudar a enfrentar o desafio?