Se quisermos alcançar um sistema elétrico de baixo carbono competitivo e seguro na Europa, é essencial um desenho de mercado aperfeiçoado que enfatize o aumento da flexibilidade do sistema. Embora anteriormente as usinas de mérito médio e de carga de pico simplesmente seguissem a demanda, hoje, as tecnologias de energia renovável – especialmente eólica e solar – exigem resposta da demanda, capacidades flexíveis de geração, redes inteligentes e tecnologias de armazenamento refletindo a necessidade de maior flexibilidade.
Ao projetar um regime de mercado de energia elétrica aprimorado, devemos levar em conta as interações entre os vários elementos do sistema – sejam técnicos, regulatórios ou políticos. Os principais elementos que precisam ser considerados incluem os mercados de energia elétrica existentes, os esquemas de apoio às fontes renováveis, o planejamento e as operações da rede e, potencialmente, instrumentos adicionais, como mecanismos de capacidade de fornecimento.
Podem ser esperados enormes ganhos em termos de prosperidade se a futura otimização do regime regulamentar dos mercados de energia elétrica for levada a cabo na Europa. A cooperação regional é um passo intermediário importante para alcançar uma solução europeia. O Fórum Pentalateral da Energia – uma iniciativa regional que compreende sete países (Áustria, Bélgica, França, Alemanha, Luxemburgo, Holanda e, como observador, Suíça) – está desempenhando um papel de liderança nesse contexto. Com base em seu passado histórico de cooperação regional, esses países intensificam suas atividades com vistas à segurança regional do suprimento.
Este estudo pretende contribuir para as discussões atuais sobre o desenho de mercado ideal dentro e entre os países do Fórum Pentalateral da Energia – e além. Ele analisa as opções disponíveis para projetar os mercados de dia seguinte, intradiário, balanceamento e capacidade, ao mesmo tempo em que leva em consideração os requisitos de flexibilidade técnica dos futuros sistemas elétricos.
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