O custo para a geração de eletricidade a partir das energias eólica e solar diminuiu significativamente nos últimos anos. Na verdade, o Custo Nivelado da Energia – ou Levelized Cost of Electricity (LCOE) – desses sistemas encontra-se agora abaixo do da energia convencional em muitas partes do mundo, e outras reduções de custos são esperadas. Cada vez mais países planejam adicionar quantidades significativas de energia renovável a seus sistemas de eletricidade.
Há, entretanto, um aspecto fundamental que diferencia as usinas eólicas e solares das usinas convencionais: elas fornecem eletricidade quando o vento sopra e o sol brilha, não podendo ser ligadas com base na demanda. Além disso, essas usinas são frequentemente construídas longe de áreas de alta demanda, o que pode criar a necessidade de uma nova infraestrutura de rede. Assim, para comparar o custo das energias eólica e solar com os do carvão e gás, usa-se frequentemente o termo “custo de integração”.
A mensuração adequada desses custos de integração é um assunto muito debatido nos círculos acadêmicos e de formulação de políticas. Para lançar luz sobre esse debate, a Agora Energiewende realizou dois workshops – um na Alemanha e outro na França – com especialistas das áreas acadêmica, industrial e política para discutir diferentes perspectivas sobre os custos de integração.
Este artigo é resultado dessa discussão. A proposta da Agora não é a de “resolver” esse problema, mas, sim, contribuir positivamente para o debate do tema.
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